O dia do Empreendedorismo feminino me deixou com vontade de compartilhar algumas dicas para você que é mulher e quer tirar suas ideias do papel:
- Conhecer outras empreendedoras, ter uma boa rede de contatos é fundamental. Quando você conecta com pessoas que tem os mesmos interesses que os seus, as ideias ganham uma outra proporção, afinal “nenhuma de nós é tão boa quanto todas nós juntas.”
- Monte sua rede de parcerias, quanto mais você compartilha mais você cresce, é como se isso voltasse para você de alguma forma. Networking para mim vai além de uma troca de cartões, e uma conexão aqui linkedin. É criar relacionamentos de verdade, onde você se coloca suas skills para contribuir com o outro e também deixa bem claro quais são as suas necessidades/ demandas. Quando essas informações estão evidentes, as relações entre as pessoas acontecem quase organicamente, e a rede de parcerias vai se construindo de forma mútua.
- Você não está sozinha, há outras mulheres que tem os mesmos desafios que os seus e juntas podem encontrar uma maneira de transformar suas ideias em negócios ou fortalecer o negócio que já possui. Há vários grupos de incentivo ao empreendedorismo feminino, que realizam meetups, workshops, criam oportunidades de aprendizado e potencialização de negócios. Escolha o grupo que mais tem sinergia com o que você e participe. Veja abaixo alguns deles:
1- Rede Mulher Empreendedora: Não dá para falar em empreendedorismo feminino sem falar no power trabalho liderado pela querida Ana Fontes, que desde 2010 atua empoderando outras mulheres, para que elas tenham independência financeira e tomem decisões sobre seus negócios e suas vidas. A Rede Mulher Empreendedora é pioneira em realizar ações de apoio as mulheres que querem empreender e é a maior rede de apoio ao empreendedorismo feminino do Brasil com mais 300 mil mulheres cadastradas. Vale destacar o evento ” Café com empreendedoras” que acontece mensalmente em São Paulo, onde cada encontro tem um tema diferente, tem espaço para as mulheres falarem sobre seus negócios e claro ideal para criar sua rede de parcerias. A RME realiza uma vez por ano, o Fórum Elas Empreendem. Eu particularmente sempre me organizo para participar, por que acaba sendo o ponto de encontro de mulheres de várias regiões do Brasil, é um evento que tem conteúdo de altíssimo nível e preparado nos mínimos detalhes para ser mais que uma fonte de inspiração, é prático.Além disso, a RME é a instituição que executa o projeto “Casa das Empreendedoras” e dá consultoria para o projeto “Itaú Mulher Empreendedora”que vou comentar sobre eles em seguida.
2- Itaú: Através do Programa Itaú Mulher Empreendedora apoia mulheres donas de empresas por meio de capacitação, inspiração e conexão. O Itaú acredita que investir em mulheres é investir na transformação de comunidades e no desenvolvimento econômico do país. As mulheres que fazem parte desse projeto participam de encontros exclusivos sendo: Café Itaú Mulher Empreendedora, Workshops, Rodada de negócios. Há também uma plataforma digital que dá acesso à conteúdos através de vídeos, artigos e ferramentas que abordam assuntos sobre marketing, finanças, gestão, inovação e atualidades e cases inspiradores.
Além disso O Itaú realiza em parceria com a FGV o programa de Aceleração Itaú Mulher Empreendedora, onde são oferecidas 30 vagas gratuitas por turma. As empreendedoras selecionadas tem três meses de aulas presenciais e online. A grade de conteúdos aborda temas como acesso a capital e produtos financeiros, estratégia de marketing, liderança feminina, oportunidades de crescimento e negócios.
3- Casa das Empreendedoras: Uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo através da Tech Sampa e Rede Mulher Empreendedora, e conta com apoio da aceleradora Wayra, Oracle e Airbnb. Acontece sempre no segundo semestre do ano, sendo um dos principais eventos da SPTW. A Casa das Empreendedoras visa incentivar o protagonismo de mulheres paulistanas fundadoras de startups. O evento acontece literalmente numa casa (cedida pelo Airbnb) para manter o ambiente mais acolhedor e fazer com que as participantes sintam-se à vontade para discutir sobre diversidade, liderança e negócios. Esse é o único projeto de apoio ao empreendedorismo feminino que conheço que não é liderado por outra mulher, o Michel Porcino é o idealizador e quem “bota a mão na massa” para fazer esse projeto acontecer.
4- Negócio de Mulher: As amigas Priscila Valentino e Karine Drumond começaram a Negócio de Mulher em 2011 em Belo Horizonte, para ajudar e inspirar mulheres empreendedoras, criativas e que buscam aquele “algo mais” da vida. Você alguma vez já se sentiu um pouco perdida na sua carreira, com vontade de mudar, fazer algo com mais alma e paixão? Tem milhares de ideias para empreender ou mudar de carreira mas não sabe por onde começar? Quer um trabalho com mais paixão, mas desconhece seus talentos e pontos fortes? A Negócio de Mulher pode ajudar a resgatar suas paixões colocar em práticas suas ideias.
A Negócio de mulher oferece: 1-coaching e mentoria, 2- cursos online, 3- oficinas presenciais. Além disso tem dois e-books criativos que levam à uma boa reflexão sobre propósito, novas formas de trabalhar e carreira.
5- Plano de Menina:A jornalista Viviane Duarte criou o Plano de Feminino, uma plataforma de protagonismo da mulher e criou o Plano de Menina em 2016 com o objetivo de conectar meninas a conteúdos transformadores compartilhados por mulheres e outras meninas que estão fazendo acontecer.
6- UPWIT: (Unlocking the Power of Women In Technology) estimula o protagonismo feminino na área de tecnologia por meio da criação de experiências, liderado pela Carine Roos. Vale destacar aqui o Programa ELAS, feito para mulheres que buscam assumir posições de destaque na sociedade por meio de uma liderança forte. O Programa ELAS é composto por 6 encontros presenciais e conta com orientação personalizada e perfil comportamental para cada participante.
A UPWIT desenvolveu um e-book a partir do workshop “Mulheres Líderes na Tecnologia” realizado no CUBO Itaú no dia 27 de maio deste ano. O e-book tem como objetivo levar à discussão sobre equidade de gênero para dentro das empresas, universidades e comunidades de tecnologia e inovação.
7- B2Mamy: Liderada pela Dani Junco, a B2Mamy é única aceleradora de negócios dedicada a selecionar mães empreendedoras de alto impacto, para ajudar a impulsionar, e conectar com outras mães e com todo ecossistema empreendedor.
8- She’sTech: A ideia dessa iniciativa começou quando a Ciranda de Moraes participou de um programa de pré-aceleração de startups chamado Lemonade, onde haviam 43 startups e apenas 5 startups tinham mulheres como fundadoras. A She’sTech quer aumentar a participação das mulheres no mundo da tecnologia e empreendedorismo. A She’sTech é um movimento recente, começou em 2016 mas que já mostrou sua força executora: Realizou uma conferência com 3 dias de programação, 44 palestrantes e 28 atividades divididas em 5 trilhas de conhecimento, dentro da FINIT uma das maiores feiras de inovação da América Latina. E para celebrar o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, está realizando entre os dias 20 e 24/11 a Week em Belo Horizonte, com uma programação diversa e itinerante. ( ainda dá tempo de se inscrever e participar)
9- Mulheres Que Decidem: Uma rede com mais de 35 mil mulheres empreendedoras que criam uma rede de negócios entre si, essa iniciativa é liderada pela Tabatha Moraes. o MQD realiza meetups para inspirar e conectar mulheres, e também tem suas atividades organizadas por “células empreendedoras” em várias cidades do Brasil, onde uma vez por semana as mulheres se reúnem para ajudar a divulgar os negócios de cada região.
10 – Mulheres Ágeis: Uma plataforma de empoderamento feminino, idealizada pelas jornalistas Suzane Frutuoso e Renata Leal. A plataforma oferece conteúdo inspirador, capacitação e notícias. A Suzane tem um blog bem fácil e gostoso de ler, chamado “Fale ao Mundo” onde compartilha crônicas sobre a vida, que particularmente gosto de acompanhar.
Algumas mulheres citadas acima fazem parte de um grupo, que também participo, onde reunimos uma vez por mês e estamos estudando e executando ações que incentivem o aumento da participação de mulheres no cenário digital, e assim aumentar o número de mulheres fundadoras de startups. Mas, esse é assunto para um próximo post, ou para um #CaféComigo hein!